A Viagem do Capitão Tornado (Ettore Scola, 1990)




E novamente, Ettore Scola! A Viagem do Capitão Tornado ( Il Viaggio di Capitan Fracassa, 1990) é um filme sobre teatro e amor, com uma história leve e cenas engraçadas. O que primeiramente me chamou atenção ao assistir esse filme foi o cenário e como o diretor fez um uso extraordinário dele. Em outros de seus filmes, pode-se notar como Ettore Scola gosta de trabalhar com o re-enquadramento de cenas dentro de um mesmo plano, e consegue fazê-lo muito bem! Mas, neste filme, o diretor não se contenta em re-enquadrar e muda totalmente de cena dentro do mesmo plano, ou seja, sem nenhum corte! Somente com a movimentação da câmera, cenário, personagens, tempo cronológico e até o clima, tudo muda. Sem dúvida, a melhor passagem para flashback que eu já vi. Ettore Scola já fazia em 1990 o que muitos cineastas não conseguem fazer nos dias de hoje com o triplo de recursos. Aspectos técnicos de lado, A Viagem do Capitão Tornado tem uma história bem legal e um final não tão previsível como tantos filmes.


Sinopse
França, 1774. O último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.

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